domingo, 3 de março de 2013

A trave das ilusões

Rafael Santiago e, ao fundo, a trave da ilusão (Foto: Geremias Orlandi)
23 minutos do 2º tempo, noite de sábado, dia 23 de Fevereiro de 2013. Aldair pega de fora da área 11 minutos após seu golaço da mesma distância. A bola, que parecia entrar, toma uma trajetória estranha e pega no poste de André Zuba. No rebote, bola afastada. Um gol ali nocautearia o Caxias, que já estava nas cordas depois do gol do mesmo atacante. Mas não. Ela não entrou. Aos 32, no único lampejo do Caxias no segundo tempo, Lino sofreu pênalti e Zambi converteu. Em contra-ataque com ótima participação de Wallacer, Michel ainda finalizou o Zequinha.

Ah, a trave. Ela fez o Caxias e seus torcedores sonharem com um bi da Taça Piratini. E, o pior, esquecerem os problemas que o time de Picol(l)i apresentou. Ou simplesmente não viram. Lá vão eles: é nítido que Wallacer deixa o meio campo mais criativo, porém sobrecarrega Marcelo Carvalho e Alisson na marcação. O último, por sinal, cometeu excessivos erros de posicionamento, caindo, em momentos, junto com o Wallacer na direita. Renato Medeiros foi nulo e, como na maioria dos jogos, só dava passes laterais sem alguma objetividade. Santiago lutou, como sempre, mas mostrou  que ainda falta muito para ser um Adão, principalmente faro de gol. Além da evidente dependência da bola parada desde o ano passado.

Em Ijuí, tivemos os mesmos problemas e é da responsabilidade de Edemar Antonio Picol(l)i (sim!) a questão do posicionamento no meio-campo. Dener avançava, Marcelo Carvalho acompanhava e abria-se um clarão no flanco-esquerdo do ataque do São Luiz onde Juba brincou nas diversas bolas nas costas (ui!) de Dener. Alisson era um assistente do lateral-direito, Jackson, que não apoiava o ataque, mesmo com cobertura. Wallacer torceu o tornozelo (ao menos é o que parece) no segundo tempo e o problema da reposição apareceu, o que, claro, não é problema do ídolo papo que comanda da casamata grená. E -depois de tantas cornetas - está correta a decisão da direção em apostar nos garotos da base no Gauchão. Além da briga do caneleiro Rafael Santiago e Medeiros sendo figurante, Zambi jogou recuado demais na esquerda e pareceu estar limitado a jogar por aquela área.

Enfim, a eliminação do Caxias não foi um acaso. Durantes os jogos, os pontos fracos do Grená da Serra Gaúcha se tornaram evidentes. Paulo Porto soube aproveitar e levou seu São Luiz de Marcos Rogério, Marcos Paraná, Juba, Eraldo e Gavião (todos da série AQUELES) para a final da Taça Piratini. Veremos se, com o possível título, ele utilizará os reservas no 2º turno (sic).
O meu Caxias
O Caxias de Picol(l)i


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