quarta-feira, 1 de maio de 2013

Admite-se

Volta, Neto! 
A inter-temporada entre o Gauchão e o campeonato nacional deste ano foi/é recordista em especulações. Após um primeiro turno regular, o Caxias sentiu a falta de elenco depois de inúmeras lesões, e teve um segundo turno pífio. No Juventude, um primeiro turno de boas apresentações sem resultados. Após eliminação em Gravataí, o time mudou. A entrada de Bérgson e o 4-2-3-1 de Lisca deram resultados. Hoje, o Juventude está na final da Taça Farroupilha.

Começando pelo lado grená da cidade, vemos uma situação financeira crítica. Sabendo disso, Víctor e Luiz Felipe, os dois melhores em campo no jogo da volta diante o Resende, deveriam ser aproveitados para compor elenco. Karl não mostrou a que veio no Gauchão e Anderson seria um bom reserva. Pensando no enxugamento da folha salarial atual, André Zuba, irregular e limitado, e Paraná, nem relacionado nos últimos jogos, poderiam pular da barca e ir com Cléberson e Rafael Santiago. Mesmo com segundo turno horrível, uma segunda chance para Umberto e Renato Medeiros - até pelo papel de experiência deles no elenco repleto de garotos - seria viável. A seguir, algumas posições admitidas na S.E.R Caxias do Sul e, ao lado, minhas sugestões ao seu Edemar Antônio Picoli:
  • Um goleiro para a vaga de titular - Juninho (aquele do ano passado) e Martini, que, ao que parece, prefere ficar no Lajeadense.
  • Um zagueiro - Neto Gaúcho seria grande reforço. Já identificado com a torcida, desfalcaria o rival Vila Nova e acharia o substituto ideal do Lino já que atua pelo lado esquerdo. Se não desse certo, Micael, do Lajeadense, jogador de confiança do técnico, seria uma boa.
  • Um lateral-direito - Ednei, do VEC, foi o melhor da posição no campeonato. Se a negociação for difícil, não traria ninguém, já que Pacheco foi - ou deve ter sido - indicação de Picoli.
  • Um volante - Dê, reserva absoluto no Juventude, e Marcos Rogério, hoje no São Luiz, tiveram boas passagens pelo time grená, logo seriam boas pedidas.
  • Um atacante de velocidade - Cidinho, atacante do Cerâmica, poderia ser um ótimo jogador para o grupo. Lembra, de longe, Rogeirinho, hoje destaque do Juventude. Seria reserva do Zambi.
  • Dois centroavantes - Jones, hoje no Macaé, e já entrosado com Wallacer e Zambi, seria meu titular. Nunes, hoje no Botafogo-SP, seria um reserva de luxo e brigaria com Jones pela posição.
Pelo lado verde da cidade, as contratações são pontuais. Após ótima campanha no Gauchão 2013, elas devem repor as possíveis perdas, além de ter formar um bom elenco, principalmente defensivamente.
  • Um zagueiro - Não tenho confiança no Diogo. Seria um bom reserva para a Série D. Micael e Edson Borges, integrante da defesa menos vazada da Taça Farroupilha, formariam ótima dupla com Rafael Pereira.
  • Um volante - Com a saída praticamente anunciada de Fabrício, o melhor primeiro volante do Gauchão 2013, nomes já devem ser procurados. Dê, reserva, poderia assumir a "5" e fazer dupla com Jardel. Itaqui poderia ser contratado. Mas a vaga de primeiro volante ficaria sem dono. Fazendo o post, lembrei de Renan. Identificado com a torcida esmeraldina, e atualmente no Duque de Caxias, poderia se encaixar com uma luva caso Lisca não goste de jogar com dois volantes de boa saída de bola.
  • Lateral-direito - Murilo é irregular e não tem reserva, ao não ser Moisés improvisado. Ednei, assim como no Caxias, é o mais indicado.
  • Atacante - Caso Rogeirinho deixe o Jaconi, Cidinho poderia substituí-lo a altura, já que as semelhanças são grandes - até o diminutivo no nome.
  • Centroavante - Daria uma nova chance ao Jandson, hoje com mais experiência, mesmo coma a provável corneta gigantesca.
Cidinho, o novo Rogeirinho.
Mesmo a Série D sendo um campeonato de tiro-curto, o Juventude deve ter várias opções de banco. Hoje, não vejo isso no time. Alan e Moisés bons polivalentes aproveitados. Gustavo deve sair. Adaílton e Dê são incógnitas e, em caso de uma lesão/negociação de um jogador titular, o suplente deve estar apto para entrar em bom nível. No Caxias, o elenco deveria ser maior. Deveria. Porém os recursos financeiros são escassos e a base, com certeza, será utilizada nas 18 rodadas da primeira fase.

domingo, 3 de março de 2013

A trave das ilusões

Rafael Santiago e, ao fundo, a trave da ilusão (Foto: Geremias Orlandi)
23 minutos do 2º tempo, noite de sábado, dia 23 de Fevereiro de 2013. Aldair pega de fora da área 11 minutos após seu golaço da mesma distância. A bola, que parecia entrar, toma uma trajetória estranha e pega no poste de André Zuba. No rebote, bola afastada. Um gol ali nocautearia o Caxias, que já estava nas cordas depois do gol do mesmo atacante. Mas não. Ela não entrou. Aos 32, no único lampejo do Caxias no segundo tempo, Lino sofreu pênalti e Zambi converteu. Em contra-ataque com ótima participação de Wallacer, Michel ainda finalizou o Zequinha.

Ah, a trave. Ela fez o Caxias e seus torcedores sonharem com um bi da Taça Piratini. E, o pior, esquecerem os problemas que o time de Picol(l)i apresentou. Ou simplesmente não viram. Lá vão eles: é nítido que Wallacer deixa o meio campo mais criativo, porém sobrecarrega Marcelo Carvalho e Alisson na marcação. O último, por sinal, cometeu excessivos erros de posicionamento, caindo, em momentos, junto com o Wallacer na direita. Renato Medeiros foi nulo e, como na maioria dos jogos, só dava passes laterais sem alguma objetividade. Santiago lutou, como sempre, mas mostrou  que ainda falta muito para ser um Adão, principalmente faro de gol. Além da evidente dependência da bola parada desde o ano passado.

Em Ijuí, tivemos os mesmos problemas e é da responsabilidade de Edemar Antonio Picol(l)i (sim!) a questão do posicionamento no meio-campo. Dener avançava, Marcelo Carvalho acompanhava e abria-se um clarão no flanco-esquerdo do ataque do São Luiz onde Juba brincou nas diversas bolas nas costas (ui!) de Dener. Alisson era um assistente do lateral-direito, Jackson, que não apoiava o ataque, mesmo com cobertura. Wallacer torceu o tornozelo (ao menos é o que parece) no segundo tempo e o problema da reposição apareceu, o que, claro, não é problema do ídolo papo que comanda da casamata grená. E -depois de tantas cornetas - está correta a decisão da direção em apostar nos garotos da base no Gauchão. Além da briga do caneleiro Rafael Santiago e Medeiros sendo figurante, Zambi jogou recuado demais na esquerda e pareceu estar limitado a jogar por aquela área.

Enfim, a eliminação do Caxias não foi um acaso. Durantes os jogos, os pontos fracos do Grená da Serra Gaúcha se tornaram evidentes. Paulo Porto soube aproveitar e levou seu São Luiz de Marcos Rogério, Marcos Paraná, Juba, Eraldo e Gavião (todos da série AQUELES) para a final da Taça Piratini. Veremos se, com o possível título, ele utilizará os reservas no 2º turno (sic).
O meu Caxias
O Caxias de Picol(l)i